O Brasil e o Sul na Governança Global
São inúmeras as interfaces e articulações entre o Brasil e os demais países do Sul no contexto da chamada governança global, que compreende o conjunto de instituições, normas e regimes multilaterais existentes no âmbito internacional. Dois eixos da atuação brasileira neste conjunto merecem destaque: a participação em negociações internacionais e as ações em prol da reforma das instituições multilaterais.
São inúmeras as interfaces e articulações entre o Brasil e os demais países do Sul no contexto da chamada governança global, que compreende o conjunto de instituições, normas e regimes multilaterais existentes no âmbito internacional. Dois eixos da atuação brasileira neste conjunto merecem destaque: a participação em negociações internacionais e as ações em prol da reforma das instituições multilaterais.
No primeiro caso, tem-se a ativa participação brasileira em negociações sobre os mais diferentes temas, tais como: as grandes conferências sociais da ONU dos anos 1990 (população, meio ambiente, direitos humanos, criança, desenvolvimento social, moradia), a Cúpula do Milênio, as negociações sobre mudanças do clima e biodiversidade, as rodadas no âmbito da OMC e as discussões mais recentes como a agenda global de desenvolvimento pós-2015.
Já nos debates sobre reforma da governança global, que se expandiram consideravelmente desde 2005, as principais agendas do Brasil são: na ONU, a reforma do Conselho de Segurança da ONU; junto ao G-4 (Alemanha, Brasil, Índia e Japão), a retomada das negociações multilaterais no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC); junto ao G-20 e em parceria com os países BRICS, e a reforma das instituições de Bretton Woods (Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional).
Pela própria natureza do multilateralismo e da necessária barganha coletiva para alcançar interesses, é importante salientar múltiplas parcerias e articulações das quais o Brasil faz parte (e é muitas vezes líder articulador). Tais como G-77, o G-4, o G-20, os votos coordenados entre países do GRULAC (Grupo dos países da América Latina e Caribe na ONU), ou entre países dos BRICS. Estas articulações não são imutáveis; surgem em um âmbito específico e não serão necessariamente replicadas nos demais, guardando certa margem de manobra. Não é surpreendente, portanto, a constatação da pluralidade de interesses existentes entre Brasil e países do Sul e as diferentes alianças que são e serão costuradas, muitas vezes de maneira ad hoc, nos mais diferentes temas e âmbitos.

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