Brasil nas Américas: OEA e CELAC

Tendo em mente a não efetivação de uma área de livre-comércio das Américas, nos moldes do que pretendia, por exemplo a ALCA, a inserção do Brasil nas Américas deve ser entendida sobretudo em sua vertente política. Duas entidades merecem especial destaque: a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos (CELAC).

Tendo em mente a não efetivação de uma área de livre-comércio das Américas, nos moldes do que pretendia, por exemplo a ALCA, a inserção do Brasil nas Américas deve ser entendida sobretudo em sua vertente política. Duas entidades merecem especial destaque: a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos (CELAC).

A OEA foi o primeiro órgão regional criado nas Américas, em 1948, hoje atuante sobretudo nos temas de promoção da democracia e defesa dos direitos humanos em âmbito regional. Dentro do chamado sistema interamericano de direitos humanos seguem atuantes a Comissão e a Corte Interamericanas, ambas com significativa interlocução com o Brasil.

Já a CELAC, é uma iniciativa bastante recente, de 2010, que busca trabalhar nos âmbitos de concertação política, desenvolvimento e integração entre países da América do Sul, América Central e Caribe. A CELAC se vê herdeira de iniciativas históricas no continente como as de mediação política da década de 80 (Grupo de Contadora, Grupo de Apoio e Grupo do Rio) e as iniciativas de desenvolvimento econômico regional, como a Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (CALC), proposta pelo Brasil em 2008.

 Apesar de não serem centrais na agenda brasileira, estas iniciativas contribuem para dar visibilidade ao papel de liderança que o país busca exercer no âmbito regional e permanecem como fóruns importantes de interlocução, incluso fomentando laços entre o continente e outras zonas do globo.

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