Na última década o Brasil reverteu sua posição de país deficitário no comércio internacional – característico da segunda metade da década de 1990 – para alcançar projeção como grande player na economia internacional.  A China, que em 2006 era o terceiro maior destino das exportações brasileiras, se tornou nos últimos anos o principal parceiro comercial do Brasil. O Mercosul e demais países da América Latina mantiveram sua importância ao longo dos anos representando cerca de 18% das exportações brasileiras em 2013, com uma pauta de exportações diversificada refletindo a complexidade da economia brasileira. O comércio com a África ganhou importância, especialmente em matérias-primas, combustíveis, lubrificantes, automóveis e auto-peças, equipamentos elétricos, e carnes, refletindo uma crescente diversificação nos parceiros comerciais brasileiros. Tal diversificação permitiu que em 2008 o Brasil não sofresse tanto com os impactos da crise internacional. Entretanto, a partir de 2009, aumentaram os déficits comerciais de produtos industrializados com  EUA, UE e China, os quais estão longe de serem compensados pelos saldos positivos com  a América Latina e a África.

Apesar do Brasil ser um importante player na América Latina, especialmente no Mercosul, nos últimos anos as exportações brasileiras perderam competitividade para a China, indicando um crescente “efeito deslocamento” das exportações brasileiras.