Esta é uma obra coletiva em torno da reflexão central sobre os direitos humanos dos refugiados. São pessoas que, conforme os parâmetros jurídicos internacionais, são obrigadas a migrar de um país a outro ou de uma região a outra, perdendo, ainda que temporariamente, suas raízes, sua identidade, e precisando se adaptar a um novo mundo e a uma nova realidade. Primariamente, recebem ajuda de organizações não-governamentais e organismos internacionais que trabalham com questões humanitárias. O Brasil é apresentado como um dos países que adotaram uma legislação avançada na área dos direitos humanos dos refugiados, inspirado na Declaração Regional de Cartagena de 1984, e um dos mais atuantes nas políticas de recebimento e “reassentamento” destas populações de expatriados em nível mundial, ainda que de forma incipiente. Este fenômeno é tratado com um olhar positivo. Mesmo que não seja muito visível para a imprensa e para a massa da população, as políticas públicas e ações brasileiras em torno dos refugiados ganham destaque no texto dos analistas que compõem esta coletânea, frisando a adesão do país aos acordos internacionais em torno da questão, bem como a produção legislativa interna.